terça-feira, outubro 21, 2008

Histórias

Houve um homem, um dia, que engolia labaredas de sonhos e que mergulhava em copos profundos de incertezas e emoções mundanas. Era o início, quantas vezes ele não se pegou remoendo detritos, ácidos, soluções que se misturavam com doces nuvens e fábulas comestíveis.

Ele amadurece as incertezas da certeza de viver, e que incertezas adoráveis, pois sabes muito bem que elas fazem parte de seu ser.

E que soluções-canetas que pintam com de violeta, com sangue, o destino imensurável. E assim, a vida rasgada em outras vidas, o pulo para a morte de outras mortes, resultando na queda-renascença das mais feridas.

Renascido todo e sempre, me calo camaleão, reviro-me em fênix ornamentais, imaculadas sentinelas, sempre à cores abertas, não me defino, às vezes retrocedo, fantasio, esboço evoluções e desenvoluções. Para rasgar a vida, pular para morte e dançar renascido.




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Da queda

A amada manda deitar,
para não me preocupar
tomei calmantes.
Mas que inebriante
a vida vista de baixo,

Ela caiu, e eu esperava
uma solução fácil.
Era como cuidar de mim mesmo
mas era outra.

Mandei amada deitar,
mas não precisava de tanto,
ou me precisava?
Procurei calmantes.

Ela caiu, falou
e eu soluçava.
Procurei calmantes
para me achar,

Mas não achava ela,
nunca mais vou achar.


P L Magalhães

Um comentário:

Anônimo disse...

Um mistério, Sr. Pedro Leonardo!
Um Sr. Mistério da alma criativa e inventiva, cheias de arte. Nunca constante. Ou constante no amor, amor pelo que pede sua alma.