quinta-feira, março 05, 2009

Vladimir Kush - surrealismo

Vôo

 

Cheiro de hortelã estragado

Aquela fumaça branca, branda

Brada quedas, que fera?

Vem beijando a pele devagar

Lambe ouvidos, some com vícios

Olhos em fundo de copos

 

 Anestesio tudo que toco

Chãos caem na gargalhada

Mas eu nem terminei a piada

 

Minha pele flutua devagar

Mas acabo não sabendo

se estou ou apenas vivendo

                                   [no sonhar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, adorei esse quadro! Me faz lembrar de outra poesia...
E essa tua, tão linda, tem cheiro, tato... consigo ver, sentir... até arrepio me deu.